O Mundo da M anda muito paradinho aqui pela blogosfera. O que não deixa de ser bom, pois é sinal de que o mundo offline está a girar e bem.
Gosto muito de compras, e adoro comprar roupa. Com os saldos
à porta, pensei deixar aqui algumas dicas pessoais, muitas delas até já banais, que talvez ajudem na época de promoções
que começa já dia 28 deste mês. A ideia é optimizar as compras, tornando-as
mais produtivas e conscientes, e, obviamente, poupar dinheiro.
Fazer uma checklist ao guarda roupa. Analisem o vosso guarda roupa. Dêem-lhe uma daquelas voltas grandes e libertadoras se necessário (sabe sempre
bem). Vejam o que já não serve ou o que está em mau estado. Decidam se as peças estão aptas a serem doadas para
caridade ou se têm mesmo que ir para o lixo. É nestas vistorias ao guarda roupa que muitas vezes descobrimos
roupas que já não nos lembrávamos sequer que tínhamos, e criamos até mudas de roupa
completamente novas, com peças que sempre estiveram ali.
Uma lista é essencial: Tal como quando vamos ao supermercado,
fazer uma lista aplica-se em todas as áreas de saldos. As baixas de preço são uma
boa oportunidade para trocar o alisador de cabelo velho que anda lá por casa,
investir numa base de maquilhagem mais profissional a um preço mais acessível ou
adquirir aquela máquina fotográfica que andam a namorar há meses e que agora
custa metade do preço.
Comprar apenas o que se
precisa. Não comprem
só porque sim. A menos que seja algo importante, como um sobretudo novo, porque
o vosso foi roído pelas traças. “Calças a 5 euros? Vou aproveitar.” – Calma.
Precisam mesmo delas para o dia a dia? Têm falta de calças? São o vosso
tamanho? O modelo que mais gostam? Se tudo sim, ok. Se não, repensem. Se calhar
já têm o armário cheio de calças e esses 5 euros poderiam servir para uma boa
peça de bijutaria, por exemplo. Não se percam com as compras e não saiam do
vosso orçamento individual ou familiar.
Os básicos - Sempre. Comprar básicos a preços mais baixos
é uma boa desculpa para atacar os saldos. Roupa interior, pijamas, tops, calças
de ganga, meias, malhas, algodões. Resumidamente são as peças que se desgastam
mais facilmente com as lavagens. São imprescindíveis em qualquer altura e
nenhuma época como a dos saldos é tão inteligente para as comprar.
Invistam no exterior e
nas peças de maior uso. Se precisam de um sobretudo, um trench,
uma boa mala, ténis de qualidade ou peças que durem, são artigos a serem tidos
em conta na hora de ir aos saldos.
“Não” às peças
tendência. Costumo
dizer na brincadeira que as tendências são para os ansiosos, pois na verdade
não sigo nenhuma. São como as paixões de verão: de pouca duração, rápidas e nas
quais não vale a pena investir para um futuro praticável. Gosto de artigos
intemporais, simples, mas com algum detalhe distinto. Mais classy, mais trendy,
mais sexy ou até mais rebelde, mas que dificilmente saiam de moda. E posso
gabar-me de ter um guarda-roupa considerável à conta desse gosto.
Cuidado com
as peças tendência, por muito baixos que os preços estejam. A menos que queiram encarnar a Lady Gaga no vosso dia a dia, pensem
duas vezes antes de comprar umas calças metalizadas ou um casaco de lantejoulas
verde néon - daqueles que encandeiam os olhos. O mais provável é que saiam de
moda na próxima temporada.
Comprem na altura certa: Se a peça é aquela, está a um preço imbatível e já só há aquela unidade, não deixem fugir a oportunidade de poupar e tragam logo a peça ou objecto convosco. No entanto, lembrem-se de que as promoções aumentam à medida que os dias passam - as melhores pechinchas encontram-se sempre nos últimos dias. Claro que há sempre o risco de esgotarem, especialmente os tamanhos pequenos, no que toca a roupa. E os sapatos entre os tamanhos 37 e 39. No entanto, para quem veste tamanhos Plus Size ou tem pé grande, são dias a não perder, pois há geralmente menos procura por esses tamanhos e o seu preço desce de modo ridículo em saldos.
Tenham as vossas estratégias de compras. Sou uma pessoa vaidosa que adora roupa e moda. Mas também
sou prática e despachada. Sou daquelas cujo mundo não cai se sair de casa com as unhas por
pintar, sabem? Ou com o cabelo num dia não tão bom, atado num rabo de cavalo, se
necessário. Não sou escrava do meu aspeto, pois sinto-me bem, mesmo saindo à
rua de fato de treino e óculos. E quando vou aos saldos fazer uma demanda em
busca dos preços baixos, tenho que me equipar à medida:
- Visto roupa confortável e prática - fácil de vestir e despir
nos provadores.
- Deixo os sapatos altos e pipis em casa, e levo antes sapatos
também eles fáceis de calçar e descalçar - geralmente ténis ou sabrinas. Isto poupa imenso
tempo e nervos na hora de experimentar roupa.
- Levo pouca ou nenhuma maquilhagem nestes dias, pelo simples facto
de que é desagradável ter aquele cuidado extra a enfiar camisolas pelo pescoço abaixo
e acima, sujeitando-me a sujá-las de base, rímel ou batom. Mesmo que não compre
uma camisola que tenha sujado sem querer, não é justo arruinar um artigo que
mais tarde pode vir a ser a única peça de que alguém anda à procura. Não gosto
quando acontece comigo, pelo que evito fazê-lo aos outros. É uma questão de
zelo e cuidado.
Posto isto, a minha tática de compras nos saldos baseia-se em escolher
um dia, geralmente de semana - para evitar multidões - para visitar todas as
lojas que me interessam. Geralmente faço uma pesquisa prévia online dos artigos
que preciso, nas marcas que me interessam, para já ter uma ideia do que existe
em loja. Estas pesquisas chegam a ser feitas várias vezes, com alguma antecedência.
No centro comercial, fico muitas vezes sem comprar nada na
hora. Tiro fotos ou aponto os artigos que me interessam em cada loja. Quando
entro na primeira loja e vejo aquela saia de que preciso urgentemente, não a
compro de imediato. Dou voltas às lojas seguintes e muitas vezes acabo por
encontrar a peça do mesmo modelo, mas noutra marca, por vezes a um preço que me
agrada mais. Às vezes é necessário entrar e sair das lojas várias vezes, mas no fim
compensa. Acontece frequentemente, entre visitas, aperceber-me de que
afinal aquela peça que achei linda na primeira loja não me faz assim tanta falta ou que não é assim tão
interessante.
No fim, lá decido o que comprar no momento
e entro novamente nas lojas que preciso. Ou compro mais tarde, via online, que
é o próximo ponto.
Comprem online. Odeio a confusão das lojas. Apesar
de apenas me interessar por 6 ou 7 lojas de roupa diferentes e de usar as minhas
táticas de compra, acima mencionadas, passar muito tempo no centro comercial
irrita-me e cansa-me rapidamente. Se sei os tamanhos que visto em todas as
lojas que me interessam e já experimentei os artigos cujo tamanho estava em
dúvida, opto pelas compras online. Os artigos são os mesmos que vimos na loja,
mas recebemo-los no conforto da nossa casa. Muitas marcas fazem descontos em artigos exclusivamente online, que valem a pena aproveitar. Marcas como a Stradivarius já
disponibilizam o Multibanco como modo de pagamento, o que é super cómodo e
fácil.
Levem os amigos às
compras.
Pessoalmente ando melhor nas compras sozinha do que acompanhada. Apesar de ter
um namorado que me segue pacientemente como um cordeirinho para qualquer loja
que lhe peça, e que goste inclusivamente de dar a sua opinião, não necessito
realmente de muitas opiniões, pois sei sempre aquilo que quero, o que gosto
e o que me fica bem. Levar companhia atrás geralmente faz-me perder tempo e
torna a minha ida às compras pouco eficiente. Já ele, por exemplo, agradece e
aprecia que o acompanhe nas compras de roupa, onde não se ajeita tão bem sem o
meu input e opinião feminina.
Levar
um amigo ou familiar convosco às compras ajuda-vos (...ou não) a controlar as
compras compulsivas e a torná-las mais eficientes. A opinião deles pode mudar
completamente a vossa percepção do artigo. Ter amigos que dominam as áreas das
peças que querem comprar é uma grande vantagem: Uma prima maquilhadora vai
sempre ter a melhor opinião sobre produtos de maquilhagem. E a sabedoria de um
namorado nerd é igualmente útil na
compra do último telemóvel ou pc.
Esqueçam o passado e o
futuro. O presente é AGORA. Este conselho tem-me sido bastante útil há
anos. Por isso anotem para a posteridade: ‘Se não
usas uma peça de roupa há 2 anos, não vais voltar a vesti-la’. E posso
garantir que é verdade. Uma peça de roupa que esteja todos os dias estampada à
vossa frente, ou até escondida, no armário e na qual não tocam há dois anos... é
porque não a vestem mais. Ponto. É porque já não é importante, moderna, atual, bonita o
suficiente para vocês. Se o fosse, pegariam nela com mais frequência. “Ah,
mas foi uma recordação de...” – psiu! A menos que seja uma relíquia de família como um vestido da trisavó do rei D. João IV, que vos custe o pescoço, deixem-se
disso. Se não usam há dois anos, é para pôr no passado – já era. De igual modo,
evitem comprar artigos com ideias baseadas em planos por concretizar, como: “Para
vestir quando perder/ganhar peso” ou “quando tiver um casamento ou uma festa”.
A roupa tem de ser comprada para o Presente e para o corpo que temos AGORA.
Essa do perder peso fica sempre para amanhã, não é verdade, senhoras? E, a
menos que pertençam a uma família africana moderna, contentem-se com um
casamento a cada quatro anos. E poupa. (literalmente). <3
Boas compras! |
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