quinta-feira, 16 de maio de 2019

Modas que não me apanharão a usar


Geralmente são sempre aquelas que o mundo inteiro anda a seguir. Há coisas que simplesmente não me imagino a usar, por muito que a moda nos tente ditar a vida. Alguns exemplos são:

1. Mules (ou maneira chique para dizer chinelos daqueles que não são de enfiar no dedo, mas também não são daqueles para usar na piscina, portanto podem ser usados na rua) :

Estas iam, se não tivessem uma altitude tão ao nível das águas do mar, e se pudessem ser atadas no tornozelo.


Acho giríssimos, se forem feitos em versão sandália. De outro modo, nunca me vão apanhar a calçar esta moda fora de casa. Se já pouco entendo quem gosta de andar a chinelar pelo verão fora com chinelinhos de enfiar no dedo, ainda menos entendo quem ache que usar isto seja ainda mais prático para andar na rua. Com o suorzinho do calor de verão então... é ver quem faz mais esqui sudoríparo na via pública. Ou quem imita mais a Cinderela. Ou quem embica mais com os pés nos passeios e na nossa calçada maravilhosamente shoe-friendly.


2. Sapatos ou sandálias (ou mules...) com vinil transparente 


A minha pele dói só de olhar para isto

Só a ideia do plástico a friccionar e a asfixiar a pele do peito do pé (ou do pé todo), e imaginar os pobres daqueles poros, privados de qualquer entrada de oxigénio... Epá, não. Ainda por cima no verão. Juro que já tentei olhar para isto com outros olhos, achar-lhes graça, mas não consigo. Só a simples imagem deles, ao vivo, nas lojas, me dá imediatamente a reacção mental de 'Deus me livre'. E desde quando é que é elegante ou minimamente estético andar com a ilusão de pé descalço? Por muito fator divertido que este calçado possa ter, arruinará qualquer tentativa de criar um look bonito. Não vale mais antes a pena andar descalço na rua?... Por alguma razão não andamos, não é? E não me digam que uma coisa destas pode ser confortável. Porque nem nesse fator eles ganham.


3. Tops ou Camisolas assimétricos


Eu pensei que esta foleirice tinha ficado em 2002. Por muito que estejamos a voltar à moda dos 90’s, por favor NÃO avancemos para a década seguinte! Não me queiram convencer de que os anos 2000 foram algo digno de se voltar a repetir, porque a nível de moda, foram os anos mais pirosos pelos quais tive a infelicidade de passar.
Não acho que esta moda de mangas ou alças só de um lado dure. Creio que muito poucos estilos atuais e intemporais consigam puxar bem estas peças... que nunca serão intemporais.



4. Sandálias com fitas de atar à perna

Saltos de cunha é algo que sempre acharei piroso


Novamente, inícios dos anos 2000. Com 11 anos, lembro-me que cheguei a ter uns 5 pares disto. Eram giras, eram novidade, mas para lá ficou o tempo em que tinha disposição para me baixar a cada meia hora para refazer toda a laçada que este espécimen requer. Ou a outra situação-extremo, que eram  as marcas de fitas (daquelas de plástico e não de tecido) que ficavam na perna quando apertadas demais, a ponto de fazer quase um garrote. Pouco prático para o dia a dia e maçador. Muito.



5. Tie Dye

Deslavado - é sempre literalmente a mensagem

Isto era moda quando era miúda e lembro-me perfeitamente de que, já naquela altura, detestava. Até haviam tutoriais nas revistas (alguém se lembra da Bravo e da Super Pop?) que ensinavam a dar uma “vida nova” a um qualquer trapinho velho que tivéssemos em casa, à conta de um nó feito numa camisola antiga, deitada dentro de um recipiente cheio de tinta – uma chafurdice.
Por muito que hajam peças com tie dye mais trendy hoje em dia (há quem tente que isto seja trendy), para mim será sempre um não.



6. Pestanas Falsas

Todos vão reparar nelas? Vão. Vão mesmo. E vão rapidamente perceber que são postiças. E nada naturais.


De qualquer tipo. Postiças ou daquelas plantadas uma a uma em salão. Sou uma rapariga muito natural e prática. Jogo muito com os pontos de beleza que tenho, sem me chatear muito. Não só acho super artificial, como entediante, ter de gastar 5 a 10 minutos da minha manhã a colar pestanas postiças, quando temos ao nosso alcance máscaras de pestanas que dão um efeito fabuloso, por vezes muito dramático, mas muito menos cringe a estes pelinhos. Se alguém acha piada em ter um abanico preto roubado das Sevilhanas agarrado às palpebras é convosco...



7. Padrão animal



Ok. Com este vai muita gente discordar... Força! Não é para mim. Leopardos, chitas, cobras e crocodilos ficam muito bem na selva, onde pertencem. Nas roupas, associo imediatamente às Lili Caneças de Cascais, velhotas, a usarem o eterno casaco leopardo ou zebra. Tenho uma mãe e uma tia que adoram este tipo de padrões. E sei admitir que possam ficar bem em certas pessoas, mesmo nas mais jovens. Mas não consigo sentir-me minimamente confortável a usar seja o que for com padrão animal. Acho algo de anti-natural no uso destas roupas. A situação é igual com lábios ou unhas em vermelho. São statements de moda demaisado aprumadinhos, clássico-cliché  e artificiais para mim. Por muita sofisticação que seja associada a estas modas, e achar que ficam bem em muitas mulheres, não têm nada a ver comigo ou com a minha personalidade.



8. Cores néon 


Cansam. São daquelas roupas que metem graça quando aparecem nas lojas. Mas depois não as conseguimos usar mais do que uma vez na mesma estação. Era um pequeno upgrade se servissem como colete refletor quando temos um azar qualquer no carro.



9. Malas miniatura




São um mimo, na verdade. E dar-lhes-ei luz verde no dia em que os nossos telemóveis, carteiras, chaves de casa e todo o arsenal que anda diariamente atrás de nós, também começar a ser fabricado em tamanhos Pinipom. E eu nem sou de andar com meio mundo atrás, na mala. Chaves, telemóvel e carteira, for the most part. Portanto, isto é o quê? A nova medida de segurança para não levarmos um esticão na rua? É capaz de ser isso.