quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

10 verdades libertadoras que aprendi na última década


2020 está a dias de distância, e a década que está prestes a encerrar-se não só me trouxe dos maiores desafios da minha vida, como me deu igualmente lições importantes. Correndo o risco de parecer uma subespécie de livro de auto ajuda, mas sem intenção de me insinuar como um, aqui sumarizo algumas das lições pessoais que recebi, e que deixo, na primeira pessoa, aos leitores que aqui me seguem.



1. A tua conta bancária ou atributos físicos nada dizem sobre o teu carácter. Não há nada inerentemente moral sobre se tens dinheiro ou não, se fazes desporto ou não, aquilo que comes ou deixas de comer.

2. A única coisa que realmente importa é a pureza do teu coração. Podes achar que as pessoas vêem as tuas posses, o teu corpo, o teu rosto, mas aquilo que realmente vêem é o modo como tratas as pessoas. Isso vai ser sempre tudo aquilo por que os outros se vão lembrar de ti. Ninguém se interessa pelo teu nível de habilitações, pelas tuas roupas, que carro conduzes ou que mala de luxo trazes ao ombro tanto como pelo modo como tratas o Próximo. Isso é o que diz tudo sobre ti.

3. Para mudarmos o mundo aos poucos é preciso que todos os dias lutemos por ser a razão pela qual os outros não perdem a fé no Bem das pessoas. Usa as tuas palavras para curar, não para provocar mais feridas. Sê a história de alguém que a vai repetir quando perder a fé no Mundo. Lidar com crianças no dia-a-dia fez-me perceber isto mais do que em qualquer outra situação.

4. Nem toda a gente tem de almejar ser doutor ou engenheiro (ou qualquer outra carreira falsamente rotulada pela sociedade de “bem-sucedida” ou de “bem-paga”). As pessoas podem ser felizes seguindo caminhos menos aplaudidos sem serem necessariamente umas preguiçosas ou umas falhadas. E ganharem tanto ou mais do que um médico. E serem tão ou mais felizes.

5. Há coisas na vida que faremos meramente por dinheiro. Outras que faremos porque simplesmente o coração nos pede. Não é sempre necessário que ganhes dinheiro a fazer algo de que gostas. Às vezes a compensação monetária por um trabalho que nos alegra o coração acaba muitas vezes por dar cabo dele.

6. A única maneira de se ser verdadeiramente feliz é tapar os ouvidos ao que o mundo diz e ouvir os teus próprios desejos. O mundo e a sociedade acham que te podem ensinar um caminho para a felicidade e conseguirem fazer-te chegar ao fim desse mesmo caminho num estado miserável, abatido e frustrado. Abre o teu próprio caminho. Mesmo que sozinho.

7. Tu não tens direito ao amor de uma pessoa. Isso tem que ser merecido. É preciso dar, dar, dar amor sem pensar que se tem o direito de o ter de volta. É necessário sim, escolher a pessoa que to dá na mesma quantidade, sem te fazer sentir que estás sempre a pedir demais. Mereces, contudo, o teu próprio amor. Mereces dar a ti próprio felicidade e alegria, seja de que forma isso se materialize para ti. 

8. O amor é uma escolha consciente que fazes todos os dias à pessoa com quem estás. Às vezes é fácil fazer essa escolha. Outros dias não é. Aquilo que define uma relação é aquilo que fazes nos dias em que essa escolha é difícil.

9. Não podes estar grato apenas pelas coisas que consideras positivas. Tens de estar igualmente grato pela tristeza, dor e momentos de desespero, e pelo quão forte te tornaste à custa deles. Há lições a serem tiradas por todos esses momentos; sê grato por tudo aquilo que te trouxeram, seja de que forma se tenha manifestado.

10. Não esperes pelo fim de semana. Se és incapaz de encontrar alegria nos outros cinco dias da semana, algo precisa de mudar rapidamente. Não esperes para mudar a tua vida. Muda as tuas circunstâncias ou muda a maneira de pensar sobre as tuas circunstâncias. Mesmo que nem sempre seja fácil, persegue a alegria todos os dias, nas pequenas e grandes coisas. Não faças disso um plano para pôr em prática apenas nas passagens de ano.

Feliz 2020!